04/09/2013

Educação e lucro

Empresas de ensino Anima e Ser Educacional pretendem vender ações em Bolsa e levantar capital para aquisições e EaD

Pedido de oferta inicial de ações (IPO) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi noticiada pelo jornal Valor Econômico

As jornalistas Beth Koike e Tatiane Bortolozi, do jornal Valor Econômico, informam nesta terça-feira (4) que duas companhias de ensino – o grupo mineiro Anima e a Ser Educaional, dona da Universidade Maurício de Nassau, no Recife – apresentaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de oferta inicial de ações. A iniciativa ocorre "mesmo com o atual cenário macroeconômico mais desafiador" e destina-se a captar dinheiro na Bolsa de Valores para financiar aquisições.
 
"Com 50 mil alunos, uma das metas do Anima é atingir 100 mil matrículas em 2017", informa a reportagem. Seu lucro líquido somou R$ 30,2 milhões no primeiro semestre, alta de 67,4% em relação a igual período de 2012. A Ser Educacional também quer usar os recursos do IPO para implementar ensino a distância (EaD) e adquirir imóveis. O grupo tem 23 unidades e 76 mil alunos.
 
"Anima e Ser vão na esteira do crescimento de Kroton, Anhanguera, Estácio e Abril Educação que já têm capital aberto e registram desde o ano passado desempenho acima da média da bolsa", informam as repórteres.
 
Ainda segundo o Valor, dois fatores contribuem para a boa performance do setor: EaD, cujo número de alunos saltou de 50 mil em 2003 para cerca de 1 milhão no ano passado; e o Fies, financiamento estudantil do governo federal que cobra juros de apenas 3,4% ao ano. "Com o Fies, houve uma retomada na procura dos cursos presenciais de graduação a partir de 2010. Em 2009, o setor patinava."
 
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