09/10/2012

Excelência acadêmica

USP e Unicamp crescem em ranking britânico de universidades

Universidade de São Paulo avançou 20 colocações na nova edição do Times Higher Education

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) subiram novamente no ranking da revista britânica Times Higher Education (THE), divulgado na semana passada. Classificada na 178ª posição no ano passado, a USP conquistou a 158ª colocação na listagem recém divulgada; em 2011, a instituição já havia avançado 54 lugares, ingressando no grupo das 200 melhores. Já a Unicamp, que estava classificada entre as posições 276ª e 300ª no ano anterior, subiu para o grupo de universidades entre as colocações 251ª e 275ª. A THE identifica a posição exata no ranking apenas até o 200º lugar, a partir daí as instituições estão reunidas em grupos de 25.
 
A THE avalia cinco áreas: ensino, pesquisa, transferência de tecnologia, citações de pesquisas e internacionalização Ao todo, a revista britânica considera cinco áreas para a avaliação: ensino, pesquisa, transferência de tecnologia, citações de pesquisas e internacionalização. Esses critérios, por sua vez, estão divididos em outros 13 quesitos. No caso da USP, as melhores notas, de zero a cem, foram nos itens pesquisa (65,7 pontos) e ensino (63,0), enquanto as notas mais baixas foram de internacionalização (24,5), citações (30,2) e receita da indústria (40,0). Com essas notas, a USP atingiu a média de 50,5 pontos. O único quesito em que Unicamp ficou acima da USP foi em receita da indústria, com 44,9 pontos. As demais notas da Unicamp foram: ensino, 51,7 pontos; pesquisa, 46,8; citações, 26,5; e internacionalização, 20,9 pontos.
 
Valorização das pesquisas
 
"A USP e a Unicamp têm feito sua lição de casa na busca da excelência acadêmica. Valorizam a pesquisa internacionalmente reconhecida, selecionam rigorosamente seus alunos de graduação e, graças ao regime de autonomia com vinculação orçamentária, podem planejar suas contratações e investimentos", avaliou o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz. Segundo ele, entretanto, a internacionalização ainda é um dos pontos a serem melhorados, em grande parte devido à barreira linguística enfrentada pelos estrangeiros interessados em estudar no Brasil.
 
As universidades asiáticas seguem galgando mais espaço na listagem da THE "Valeria a pena enfatizar com urgência as visitas de cientistas do mais alto calibre e o aumento qualificado no número de pós-doutores, buscando ativamente os melhores candidatos onde estiverem", destacou Brito. "O número de pós-doutores, e dentro deste o de pós-doutores estrangeiros, parece ser o indicador em que a USP e Unicamp (e muitas outras universidades no Brasil) mais destoam do praticado nas melhores universidades mundiais."
 
Topo da lista
 
Apesar da dominação dos Estados Unidos no ranking permanecer neste ano — com o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), novamente em primeiro lugar —, e as europeias continuarem entre as melhores, as universidades asiáticas seguem galgando mais espaço na listagem. Entre as 200 melhores, os EUA contam com 76 universidades; o Reino Unido, com 31; a Holanda, com 12; a Alemanha, com 11; e o Canadá, com oito. Neste ano, as asiáticas foram as que mais subiram de posição, com destaque para instituições de Cingapura, Coreia do Sul, China e Hong Kong.
 
Segundo a THE, as dez melhores universidades do mundo são: Caltech (1º), Stanford e Oxford (empatadas em 2º), Harvard (4º), Instituto de Tecnologia de Massachusetts (5º), Princeton (6º), Cambridge (7º), Imperial College de Londres (8º), Universidade da Califórnia – Berkeley (9º), e Universidade de Chicago (10º).