06/02/2014

The Chronicle of Higher Education

Seis tecnologias vão transformar as universidades nos próximos anos, conclui painel com 56 especialistas

Relatório de acesso livre traz tendências mapeadas por pesquisadores de vários países. Entre as evoluções previstas está a "mistura de ensino online, híbrido e presencial-colaborativo"

Um painel de 56 especialistas produziu uma lista de tecnologias que "serão mais importantes para o ensino, a aprendizagem e a pesquisa criativa nos próximos cinco anos". As duas mais relevantes seriam a integração da mídia social em todos os aspectos da vida universitária e a combinação de ensino online, híbrido e "presencial com aprendizagem colaborativa". As conclusões do painel foram objeto de reportagem do jornal especializado norte-americano The Chronicle of Higher Education, assinada por Lawrence Biemiller.
 
As seis tecnologias e as mudanças que devem causar constam do relatório NMC Horizon Report: 2014 Higher Education Edition, um documento de 52 páginas que está disponível gratuitamente. O painel foi convocado pelo New Media Consortium e pela EDUCAUSE Learning Initiative (clique aqui para acessar o texto, formato .PDF).
 
Para os painelistas, a expansão das mídias sociais na academia vai alcançar impacto máximo dentro de dois anos. "À medida que as redes sociais continuam a florescer, os educadores estão usando-as como comunidades de prática profissional ou de aprendizagem, e também como plataforma para compartilhar histórias interessantes sobre temas que os alunos estão estudando em sala de aula", diz o relatório. "Entender como as mídias sociais podem ser aproveitadas na aprendizagem social é uma habilidade fundamental para os professores, e espera-se cada vez mais dos programas de formação docente que incluam o desenvolvimento dessa habilidade."
 
Combinar instrução tradicional face a face com a online, a híbrida e o aprendizado colaborativo, afirmam os painelistas, tem "o potencial de alavancar as habilidades digitais que os estudantes já desenvolveram independentemente da academia".
 
Aprendizagem e avaliação fortemente orientadas por dados estatísticos terão seu impacto máximo nos campi em três a cinco anos, ajudando a personalizar a aprendizagem e incrementar a medição de desempenho. Também listada como tendo o seu maior impacto em três a cinco anos está a mudança em direção a "aprender fazendo e criando, ao invés do simples consumo de conteúdo".
 
Uma das tendências de longo alcance  (seu maior impacto não ocorreria nos próximos cinco anos) seria "uma abordagem de ensino e aprendizagem que imita o ciclo de start-ups tecnológicas". A outra é a evolução contínua do ensino online.
 
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