Ranking da THE classifica USP entre as 70 universidades mais prestigiadas

A Universidade de São Paulo (USP) é a única latino-americana a figurar no ranking de prestígio acadêmico — entre as colocações 61ª e 70ª — publicado hoje pela revista britânica Times Higher Education (THE). A USP não aparecia na primeira listagem sobre a reputação divulgada em 2011. Os Estados Unidos permanecem como o país mais bem colocado, com 44 instituições entre as cem melhores e com duas no topo da lista: a Universidade Harvard, em primeiro, seguida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). Com a terceira colocação obtida pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), repetiu-se a mesma posição registrada pelas três principais universidades no ano passado. Ao todo foram ouvidos mais de 17.500 pesquisadores e acadêmicos de 137 países. A partir da 51ª posição, a THE apenas identifica a colocação das universidades em grupos de dez, sem distinguir a posição exata.

 

O segundo país mais bem posicionado é o Reino Unido, com dez universidades entre as cem melhores, mas neste ano duas instituições britânicas saíram da lista (Universidade de Sheffield e a London School of Hygiene and Tropical Medicine) e houve mudanças em razão do crescimento de instituições da Ásia. Entre as chinesas, a Universidade Tsinghua subiu da 35ª para a 30ª colocação, e a Universidade de Pequim galgou cinco posições, figurando no 38º lugar. O Japão conta com cinco instituições no ranking e a Universidade de Hong Kong, a Universidade Nacional de Taiwan e a Universidade Nacional de Cingapura também se saíram melhor em 2012 do que em 2011.

 

Maior representatividade geográfica

 

Além da USP, outras instituições apareceram pela primeira vez na lista das cem melhores: a Universidade Hebraica de Jerusalém (Israel, entre a posição 81ª e 90ª) e a Universidade Técnica do Oriente Médio (Turquia, entre a posição 91ª e 100ª). Em entrevista a THE, Philip Altbach, diretor do Centro de Ensino Superior Internacional, do Boston College, explicou que o crescimento das instituições da Ásia é um reflexo do maior destaque que a região vem ganhando em âmbito mundial. "À medida que eles recebem mais atenção da mídia e que mais líderes do setor acadêmico global têm a oportunidade de visitar países como a China, as universidades da região têm maior probabilidade de se tornar mais conhecidas", afirmou Altbach.

 

Para Phil Baty, editor dos rankings da THE, a reputação conquistada pelas universidades mais bem posicionadas pode levar muitos anos para se consolidar, mas na era da informação atual as instituições não podem se acomodar e contar apenas com sua história. "Novas forças estão emergindo e sinais de declínio de desempenho são rapidamente identificados, compartilhados e disseminados", escreveu Baty, destacando que as reputações estabelecidas podem ser "altamente vulneráveis". "Nossos dados fornecem claras evidências de que, em termos de prestígio entre acadêmicos em todo o mundo, há um início de mudança de poder do Ocidente para o Oriente." Veja no site da THE o ranking completo.