22/12/2011

Pesquisa

Professores estrangeiros nos EUA são mais produtivos que os americanos

Mas levantamento também revela que eles estão menos satisfeitos que os americanos com níveis de independência e de contribuição para a sociedade de suas carreiras

Acadêmicos de outros países que vão trabalhar nos EUA são mais produtivos que os colegas americanos, mas também sentem-se menos satisfeitos com a vida profissional, diz artigo publicado no Journal of Higher Education, e comentado no site da publicação britânica Times Higher Education.
 
A produtividade foi medida com base no número de artigos de pesquisa publicados em periódicos com revisão pelos pares durante um período de cinco anos. Foram consideradas tanto citações de autoria quanto de coautoria.
 
Professores sem tenure tendem a ser mais produtivos que os pares com tenure De acordo com o levantamento, são mais produtivos os pesquisadores nascidos e titulados fora dos Estados Unidos. Os estrangeiros titulados por instituições americanas são menos produtivos, mas ambos os grupos de estrangeiros produzem mais que os colegas nascidos e formados em solo americano.
 
Mas o mesmo estudo indica que os acadêmicos estrangeiros sentem-se menos satisfeitos que os americanos com os desafios intelectuais, níveis de independência, responsabilidade e de contribuição para a sociedade de suas carreiras. Eles também estão menos satisfeitos com os salários e benefícios que recebem.
 
Um fator mencionado pelos autores como possível causa da insatisfação associada à alta produtividade é a taxa de tenure – uma forma de estabilidade no emprego concedida a acadêmicos por instituições de ensino e pesquisa nos EUA – dos estrangeiros: 70,5% dos pesquisados nascidos fora dos Estados Unidos haviam atingido essa condição, ante 77,1% dos americanos natos.
 
O estudo acrescenta que professores sem tenure tendem a ser mais produtivos que os pares com tenure.