04/06/2012

Tendências

Número de novos pós-graduandos em Ciência e Engenharia nos EUA cresce 50% em 10 anos

Ritmo de matrículas desacelerou a partir de 2009; áreas mais procuradas são Biomedicina e Matemática

O total de estudantes matriculados pela primeira vez em programas de pós-graduação em Ciência e Engenharia, nos Estados Unidos, teve um crescimento de 50% entre 2000 e 2010, passando de 78.400 para 118.500, informa boletim divulgado pela Fundação Nacional de Ciências (NSF) americana.

Se forem computados todos os estudantes matriculados em cursos de pós-graduação, não apenas os novatos, e incluídos os da área de saúde, o ganho total na década é de 30% sobre a base de 493.000 registrada no ano 2000, para um total de 632.700. O total de matrículas apenas em Ciência e Engenharia, excluindo saúde, é de 556.532, aumento de 35% sobre o ano 2000.

Aumentou a proporção de mulheres matriculadas em cursos de pós-graduação nas áreas científicas e tecnológicas O recorde do período foi obtido em 2010, com 407.291 estudantes de pós-graduação em Ciência e 149.241 em Engenharia. Mas a taxa de crescimento sofreu uma forte desaceleração a partir de 2009, aponta do relatório. O número de novas matrículas em Ciência, por exemplo, havia subido 7,6% (entre 2007 e 2008) e 6,4% (entre 2008 e 2009), mas apenas 1,4% entre 2009 e 2010.

A área que mais cresce, segundo o boletim, é a Engenharia Biomédica, que na contramão da tendência geral teve aumento de 7,5% entre 2009 e 2010. Na década, esse setor acumula aumento de 165% no total de matrículas de pós-graduação, atrás, entre as engenharias, apenas do setor aeroespacial (65%).

Entre as ciências, as mais procuradas da década foram Matemática (50%) e Computação (35%).

Enquanto, globalmente, o crescimento foi de 30%, entre as mulheres foi de 40% O boletim da NSF também nota um aumento na proporção de mulheres matriculadas em cursos de pós-graduação nas áreas científicas e tecnológicas. Enquanto, globalmente, o crescimento foi de 30%, entre as mulheres o aumento foi de 40%. A partir de 2007, no entanto, os homens voltaram a predominar, com um crescimento de 9,4% desde então, ante 5,8% para as mulheres. O recorte étnico também mostra um crescimento acelerado no número de negros matriculados (aumento de 50% na década) e hispânicos (65%), ante os brancos (25%).