24/05/2012

Legislação

EUA preparam reforma de lei de imigração para promover retenção de cérebros

Dois projetos querem eliminar barreiras impostas aos estudantes estrangeiros que recebem títulos de pós-graduação em instituições americanas, principalmente nas áreas científicas e tecnológicas

Dois projetos de lei estão sendo apresentados ao Senado americano para facilitar a permanência no país de cientistas nascidos no estrangeiro, mas formados em universidades dos EUA. De acordo com análise publicada no site ScienceInsider, da revista Science, as iniciativas representam “uma séria preocupação do Congresso” sobre a melhor forma de mudar as leis de imigração a fim de reter talentos.
 
A Associação de Universidades Americanas, que reúne 61 importantes instituições de pesquisa, é parte do lobby por uma reforma das leis de imigração, e seu porta-voz, Barry Toiv, disse que, embora as propostas não cheguem a configurar a mudança ampla pretendida pelo grupo, “estamos contentes de ver esses projetos”.
 
Ambos os projetos, um de um senador republicano do Texas e o outro bipartidário, argumentam que a economia dos EUA sofre com as barreiras impostas aos estudantes estrangeiros que recebem títulos de pós-graduação em instituições americanas, principalmente nas áreas científicas e tecnológicas, e que gostariam de fincar raízes nos Estados Unidos.
 
Um dos projetos, chamado de Lei STAR, permitiria que os pós-graduados de algumas instituições – as que recebem pelo menos US$ 5 milhões (R$ 10 milhões) de verba federal para pesquisa – possam reivindicar residência permanente, eliminando uma loteria que hoje distribui 55.000 “green cards” a imigrantes em geral e destinando essas autorizações aos pós-graduandos.
 
O segundo projeto, Lei SMART Jobs, criaria um novo tipo de visto para estudantes de pós-graduação em ciência e tecnologia, e colocaria essas pessoas numa “via rápida” para a obtenção do “green card” assim que encontrassem um emprego.