03/01/2012

Reino Unido

Diretor do King’s College atribui a protestos queda de faculdade em ranking interno de Cambridge

Ross Harrison disse que seus estudantes fizeram "dever extra" resistindo à "agressão" do governo contra as universidades

Os estudantes do King’s College, tradicional faculdade que integra Cambridge, passaram tempo demais protestando contra a reforma do ensino superior na Inglaterra e, por isso, foram mal nos estudos, disse o diretor da instituição, Ross Harrison, de acordo com o Times Higher Education (THE).
 
Recém-formado em Literatura e Teoria Social disse ter aprendido mais 'trabalhando para defender a existência do curso para as futuras gerações' do que perdeu ao obter nota ruim no currículo Harrison explicava, em relatório, a queda do King’s no ranking interno de performance acadêmica de Cambridge: a faculdade caiu da 14ª posição para a 20ª, numa lista com 29 concorrentes. O diretor disse que seus estudantes fizeram "dever extra" resistindo à "agressão" do governo contra as universidades. As manifestações contra a reforma do ensino, que incluíram uma elevação das anuidades escolares, ocorreram no final de 2010.
 
Um estudante, recém-formado em Literatura e Teoria Social, disse ao jornal Daily Telegraph ter aprendido mais "trabalhando para defender a existência de meu curso para as futuras gerações do que perdi" ao obter uma nota ruim no currículo.
 
O relatório também menciona que uma bandeira do Reino Unido foi arrancada do bar da faculdade e queimada, num protesto durante o casamento real. "O incidente causou muita tensão dentro da comunidade", reconhece o texto.