Demanda por meritocracia é atenuada quando grupo que a exige é academicamente superado por outro

A usualmente rígida definição de meritocracia adotada por norte-americanos brancos é flexibilizada quando são confrontados com o desempenho acadêmico superior de asiático-americanos. A conclusão é de Frank Samson, Ph.D. em Sociologia por Stanford e professor da Universidade de Miami. Seu estudo foi objeto de atenção de Scott Jaschik, do Inside Higher Education.

 

Samson realizou uma pesquisa com adultos brancos residentes no Estado da Califórnia e constatou que, em geral, esse grupo é a favor de políticas de admissão ao ensino superior – no caso específico, à Universidade da Califórnia – que confiram alta prioridade às médias obtidas no ensino médio e às notas em provas padronizadas (como exames vestibulares).

 

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Mas quando representantes desse mesmo grupo foram induzidos a levar em consideração o sucesso acadêmico de estudantes de origem asiática, a bandeira meritocrática passou a ser pintada em tons mais suaves.

 

A proporção de asiático-americanos na UC é mais que o dobro da participação desse grupo na população californiana. Quando informados desse fato, os adultos brancos passaram a dar menor importância ao desempenho em exames vestibulares.

 

"Sociólogos descobriram que os brancos referem-se a 'qualificações' e uma distribuição meritocrática de oportunidades e recompensas, e ao suposto fracasso dos negros em viver de acordo com essa norma meritocrática, com o objetivo de reforçar a crença de que a desigualdade racial nos Estados Unidos tem alguma legitimidade", Samson escreve. "No entanto, os resultados aqui sugerem que a importância de critérios meritocráticos para brancos varia conforme certas circunstâncias. Os californianos brancos não têm um compromisso de princípio com um padrão fixo de mérito."

 

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