14/10/2011

Rankings

Americanas têm vantagem em rankings 2011

Ranking da Times Higher Education, divulgado em outubro, dá peso maior para critérios como fração da receita da instituição gerada por inovação

Cinco universidades aparecem entre as dez melhores do mundo nos três principais rankings de instituições de ensino superior divulgados em 2011, sendo três americanas e duas, britânicas. Essas cinco unanimidades são Harvard, MIT e Universidade de Chicago (EUA) e Oxford e Cambridge (Reino Unido).
 
O ranking de Shanghai Jiao-Tong dá ênfase à qualidade da pesquisa científica, considerando o número de prêmios Nobel e de artigos publicados na Science e Nature A Universidade Harvard aparece em segundo lugar no ranking 2011 da QS Quacquarelli Symonds, consultoria especializada em educação, o QS World University 2011/2012, divulgado no início de setembro. A mesma instituição havia ficado em primeiro lugar no ranking 2011 da universidade chinesa Shanghai-Jiao Tong, publicado em agosto. Harvard também é a segunda colocada no ranking 2011/2012 da revista Times Higher Education (THE), divulgado no início de outubro.
 
Na classificação da QS, a melhor universidade do planeta é a britânica Cambridge, que ocupa a sexta posição no ranking da THE, e a quinta na listagem de Shanghai-Jiao Tong. Já para o THE, a melhor instituição global é o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), que aparece em sexto lugar no ranking de Shanghai e apenas em 12º no QS.
 
Como a diferença na posição do Caltech mostra, os três rankings revelam semelhanças, mas também inconsistências, em suas listas de "top ten", para além da variação de algumas posições entre uma universidade e outra.
 
O ranking QS, por exemplo, é o único a incluir o University College London e a Universidade da Pensilvânia entre as dez melhores. Já a americana Stanford aparece na faixa de dez melhores apenas para THE e Shanghai; e Yale só consta entre as "top ten" para o QS, tendo caído para a 11ª posição na listagem da THE.
 
Chicago, por sua vez, representa uma convergência entre os três rankings, aparecendo em 9º lugar nas listas da THE e Shanghai, e em oitavo na QS. Já a Universidade da Califórnia em Berkeley é listada entre as dez melhores por THE e Shanghai, mas não QS.
 
USP ganha posições
A Universidade de São Paulo (USP) avançou nos rankings QS e THE. A instituição atingiu a 169ª posição no QS, um ganho de 84 lugares na comparação com sua última classificação nessa lista, que tinha sido a 253ª posição.
 
A Times Higher Education também põe a USP entre as 200 melhores do mundo, na 178ª posição, um ganho de 54 lugares que coloca a universidade como a melhor rankeada de toda a América Latina.
 
O ranking da THE elenca mais duas universidades da América do Sul, Unicamp (na faixa de posições de 276 a 300) e Pontifícia Universidade Católica do Chile (de 351 a 400).
 
As outras instituições nacionais mais bem colocadas no QS são a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 235º lugar, subindo 57 posições a partir de sua colocação no ano passado (292º lugar), e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que aparece na 381ª posição, a mesma de 2010. Já a Unesp subiu de faixa, passando do intervalo 551-600 para o 501-550.
 
QS leva em conta a reputação da universidade no meio acadêmico e entre as empresas que podem oferecer emprego aos formandos, além da proporção de docentes e alunos estrangeiros Entre os critérios utilizados pelo QS estão a reputação da universidade no meio acadêmico (peso de 40%) e entre as empresas que podem oferecer emprego aos formandos (10%); a taxa de citações de artigos científicos por professor (20%), a taxa de alunos por professor (20%) e proporção tanto de docentes (5%) como de alunos internacionais (5%).
 
Já o ranking de Shanghai Jiao-Tong tem mais ênfase na qualidade da pesquisa científica desenvolvida, levando em conta, por exemplo, o número de prêmios Nobel e medalhas Fields de cada instituição, e o número de artigos publicados em Science e Nature. O THE, por sua vez, abre espaço para critérios como a fração da receita da instituição gerada por inovação tecnológica e por verbas para pesquisa.
 
Ranking latino
A QS também divulgou um ranking exclusivo de universidades latino-americanas. Nessa listagem, a USP aparece em primeiro lugar, seguida da Pontifícia Universidade Católica do Chile e da Unicamp.
 
Ao todos, das 100 melhores instituições da região, 31 são brasileiras. Depois da Unicamp (em terceiro lugar) aparecem, entre as nacionais, a Universidade Federal de Minas Gerais (10º lugar) e Universidade de Brasília (11º).
 
Na relação das dez melhores instituições latinas, o Brasil aparece com três; Chile e México, com duas, cada. Argentina e Colômbia têm uma.