27/07/2015

International Higher Education | 80 | Especial 20 anos

O jogo dos rankings continuará após uma década?

Akiyoshi Yonezawa
Professor associado, Faculdade de Desenvolvimento Internacional, Nagoya University, Japão. E-mail: yonezawa@gsid.nagoya-u.ac.jp
Há aproximadamente 15 anos, quando os rankings das universidades internacionais ainda estavam começando, apenas um número limitado de especialistas esperava o impacto significativo e abrangente que os rankings de universidades mundiais teriam sobre universidades, governos e o público em geral. Atualmente, o status dos rankings é considerado uma informação obrigatória, quando na busca por parcerias de universidades e programas de colaboração. Mesmo se um país não tiver universidades avaliadas pelos principais rankings, os governos sempre consultam as posições quando concedem programas nacionais de bolsas de estudo, ou recrutam novos funcionários. O jogo dos rankings continuará após uma década? Sim, mas provavelmente de forma bem diferente.
 
O fenômeno em curso de universidades e indivíduos na busca de ambientes de classe mundial para o aprendizado, e a pesquisa continuará.    Portanto, o número de universidades que buscam criar condições para estabelecer o status de classe mundial deverá aumentar no futuro. Por exemplo, em 2014, o governo japonês iniciou um projeto de 10 anos para apoiar “ As Principais Universidade Globais,” que tem como objetivo fazer com que 10 universidades estejam classificadas entre as principais 100 no mundo.
 
Ao mesmo tempo, os ambientes que circundam as universidades mudaram drasticamente, desde a introdução da internet. Quase todo conhecimento recém-criado hoje em dia torna-se imediatamente acessível de qualquer lugar no mundo. Barreiras linguísticas ainda existem, mas a automação da tradução está próximo ao estágio de uso prático. Mesmo análises e textos escritos, uma parte central da criação do conhecimento está se tornando automatizada. Materiais audiovisuais e ferramentas de aprendizado   Audiovisual baseadas no Cloud já estão sendo inseridas no ensino diário, e na pesquisa. Atividades detalhadas de pesquisadores podem ser monitoradas com relação ao que ele ou ela publica, que tipo de literatura é publicada, que citações são usadas, e o impacto do trabalho específico. Esta informação é frequentemente objeto de relatório par os autores e também para os gestores das universidades.
 
As metodologias dos rankings também têm mudado com frequência, ocorrendo parcialmente através do rápido aumento das informações relativas às atividades das universidades e também através de aumento significativo nos “rankers” com origens diversificadas. Os resultados dos rankings universitários também estão se tornando diversificados. Por exemplo, em 2014, apenas duas universidades japonesas foram classificadas entre as principais 100 dos Rankings de Universidades Mundiais do Times Higher Education e nas Melhores Universidades Globais do US News and World Report, enquanto três foram classificadas nos Rankings Acadêmicos de Universidades Mundiais pela Shanghai Jiao Tong University, e cinco foram classificadas no QS World-Class University Rankings. O que estes rankings significam? Os resultados dos rankings de universidades internacionais variam de acordo com os indicadores selecionados e pesos. O U-Multirank não fornece rankings abrangentes, e alguns rankings agora permitem aos usuários escolher os indicadores e os pesos. Está se tornando comum para os fornecedores de rankings publicar rankings baseados em assunto e outros em temas específicos.
 
A era de ouro de fornecedores de rankings de universidades provavelmente já passou. Usuários, incluindo universidades e governos agora têm mais opções na busca de resultados de rankings que se enquadram em seus objetivos. Se funcionar para uma melhor compreensão do rico contexto de universidades, então isso será ótimo. Contudo, outras convergências ou padronização de características diversificadas de universidades devem ser evitadas através dos esforços de várias partes interessadas.
 
Este texto foi traduzido e revisado sob a coordenação de
Sergio Azevedo Pereira
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